Amaretto sour

Eu não sou e nunca fui uma pessoa que gosta de beber. No Brasil em todas as reuniões de família todo mundo acabava optando sempre pela cerveja. Era quente demais pra tomar vinho. Logo depois que eu fiquei maior de idade eu me mudei pra Inglaterra, então eu posso dizer que as minhas experiencias com o álcool realmente começaram por aqui. E dizer que ingleses apreciam o álcool não é verdade.

Na faculdade os meninos geralmente ficam só nas cervejas dos mais diferentes tipos, maltadas, Lager e Bitter, os mais comuns por aqui. Já as garotas acabam sempre diluindo o álcool com um refrigerante ou suco. Na universidade a coisa já era mais hardcore, os estudantes compravam vodka ou vinhos baratos  e faziam todo e qualquer tipo de mistura com suco de cranberry e coca cola ou faziam uma jarrona de vodka com Red Bull. Jack Daniels era coisa rara de se ver numa festa na casa de alguém.

Pra mim era difícil de me encaixar nesses padrões alcoólicos, sendo que eu sinceramente não gosto do sabor do álcool. Eu acho os sabores da cerveja e do vinho insuportáveis, sem nem falar em beber licor puro. Uma vez eu estava numa festa flertando com um garoto que jurava ser um grande conhecedor de whisky e ele tava tentando me convencer a fazer parte do seu clube de whisky. Ele misturou whisky com suco de maçã e tudo mais que se possa imaginar e a bebida me deixou super enjoada, além de ter me dado uma ressaca de dois dias. Mas eu bem que adoro um cocktail. Meu namorado diz que é porque cocktails são tão doces que eu sequer percebo o gosto do álcool.

E eu confesso que é exatamente por isso e eu não tenho a mínima vergonha de dizer.

Meu restaurante caribenho favorito faz um happy hour maravilhoso oferecendo 2 cocktéis por 1 e eles tem um menu divino com Mojitos feitos com maracujá, rum branco e geléia de damasco, além de uma batida de banana com Tia Maria. Nem preciso dizer que eu me encantei pelos cocktéis. Não, isso não quer dizer que eu acabei virando uma alcoólatra, mas isso fez meu interesse por trás da ciência dos cocktéis aumentar. E eu queria muito também decidir qual era o meu drink predileto porque toda vez que eu me aproximava do bar e eles me perguntavam qual cocktail eu queria, me dava um branco e eu acabava pedindo algo totalmente entediante. 

Eu acredito que um drink conta muito sobre a personalidade da pessoa que o bebe e eu queria descobrir qual deles espelhava minha personalidade, além de também querer intrigar as pessoas. E foi assim que eu cheguei ao Amaretto Sour. Eu já tinha ouvido falar em Whisky Sour, mas depois da minha má experiencia eu nunca me esforcei pra experimentá-los. Eu amo Amaretto (especialmente em Tiramissu) e tudo mais que contenha cerejas. Eu já tinha experimentado de uma amiga minha e mais uma vez, quando eu cheguei perto do bar e me deu aquele branco, eu acabei dizendo “eu quero o mesmo que ela”. E eu nunca me arrependi.

Foi inclusive o drink-celebracao que tomei na noite que fiquei noiva. Sem champagne, por favor, um Amaretto Sour é a minha pedida.

Amaretto Sour (faz um)

Licor Amaretto

1/6 de xícara de caldo de agave

50ml de água

Suco e raspas de 1 limão siciliano

Suco de um limão

Gelo

Raspas de limão e cerejas em calda para decorar

Modo de preparo:

1. Faça um xarope deixando ferver o caldo de agave, a água e as raspas de limão siciliano por 3 minutos até tudo se dissolver. Retire do fogo, coe e deixe esfriar.

2. Enquanto o xarope está esfriando, coe o suco de limão siciliano e do limão e coloque em uma jarra com tampa. Acrescente o xarope já frio e misture. Isso renderá em média 150ml e será a sua mistura “azeda”, como diz o nome do cocktail.

3. Usando uma coqueteleira misture quantidades iguais da mistura azeda com o Amaretto, adicione gelo e sirva em um copo decorado com raspas de limão e cerejas.