Nos últimos anos existe um tema que vem ocupando cada vez mais espaço na minha vida: o consumo e o excesso. Eu na verdade nunca fui uma pessoa que compra compulsivamente, até porque eu penso muito antes de gastar o meu dinheiro, mas o que de fato me levou a fazer pensar sobre ter uma vida mais leve foi o trabalho que tinha ao limpar a minha casa. Mas como limpar a casa tem a ver com consumo e minimalismo? Calma, eu vou explicar!
Eu sempre limpei nosso apartamento nos sábados pela manhã. Limpeza não me traz satisfação, mas também não acho a pior atividade doméstica. Até porque adoro o resultado de uma casa limpa e organizada. Mas eu sempre terminava frustrada: muitos pequenos itens de decoração espalhados por toda casa que dificultavam a limpeza, muitos móveis abertos onde acumulava pó. Esses objetos eu via como um verdadeiro peso na minha vida. Por mais exagerado que pareça, era essa a minha sensação.
Foi aí que comecei a ler muito sobre minimalismo e as ideias foram clareando na minha cabeça. Uma vida contendo apenas aquilo que me traz felicidade, era exatamente isso o que eu queria pra mim! Todo o resto só dificultava meu dia-a-dia, só gerava peso. Começar foi fácil porque não sou nenhum pouco apegada à objetos. O difícil foi convencer o meu marido a entrar na onda, já que ele é daqueles que sempre pensa "mas e se precisarmos desse objeto no futuro?"
A solução:
1) Eu li muito sobre minimalismo, blogs como The Minimalists e The busy woman and the stripy cat foram essenciais. O livro da Marie Kondo eu recomendo à todos que estão dispostos a tomar esse passo. É perfeito.
2) Destralhar! Essa pra mim foi e está sendo a parte mais divertida. Pra muitos pode ser a parte mais triste também, mas eu adorava ver o quão bem me sentia jogando coisas que não queria mais fora. Pra isso o melhor é dividir tudo por categorias e se perguntar ao ter cada objeto em mãos se eles realmente são necessários, se ele te trazem satisfação. Não adianta guardar algo que talvez seja útil algum dia se você o usou há 2 anos atrás pela última vez.
3) Enquanto você destralha separe os itens que realmente vão pro lixo, os que possam ser doados e os que podem ser vendidos. Se possível retire estes itens o mais rápido possível de casa pra não acabarem de novo no armário. Assim você gera ainda mais satisfação no processo: pode ajudar pessoas que precisem de roupa ou alguns itens de casa por exemplo. Ou ganha até dinheiro vendendo objetos que podem ser úteis pra outras pessoas!
4) Depois do destralhe pense muito bem antes de comprar algo. É algo que você realmente precisa? É um objeto que a longo prazo será útil?
Essa é apenas uma breve introdução ao tema para reflexão. O minimalismo é um processo longo e jamais feito em apenas 4 passos como descrito acima. Mas se você tem a sensação que ao seu redor tem simplesmente "muita coisa", esse é o melhor impulso pra mudar. Lembrando que um ambiente lotado, gera também uma energia mais pesada. Não se trata de uma supertição, isso é um fato.
Quem nunca ao ter que estudar primeiro organizou toda a sua mesa pra conseguir então se concentrar? Coloque 20 brinquedos na frente de uma criança e 3 na frente de outra. A que vai brincar primeiro é a que tem apenas 3 porque nós seres humanos nos sobrecarregamos com quantidade. Menos é mais!
A nossa casa ainda está longe de ser minimalista, mas estamos a caminho de uma vida mais leve. E isso me faz tão bem! Adoro saber que agora consigo limpar a minha casa com a metade do tempo que precisava antes simplesmente porque tenho menos objetos. Assim sobra mais tempo pra fazer outras coisas que gosto, tenho mais qualidade de vida.
E você, já pensou sobre isso? Que talvez seja a hora de dar uma destralhada na sua casa pra colher frutos dessa mudança também na sua vida pessoal?
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